“Os níveis mais elevados de desemprego ou de arquitectos que não trabalham por outras razões registam-se em Portugal, Espanha e Grécia. Os níveis mais elevados de emprego a tempo parcial encontram-se em Espanha, Grécia, Irlanda e Bulgária. […] Em Portugal, a percentagem de arquitectos a trabalhar a tempo inteiro é de 67 por cento, a tempo parcial de 12 por cento, não activos de 20 por cento e na reforma zero por cento.” [25 países considerados]
Conseil des Architectes d’ Europe; Mirza & Nacey Research (2012). La profession d’ architecte en Europe 2012. Une étude du secteur commandité par le Conseil des Architectes d’ Europe (versão em língua francesa) (p. 17). Bruxelas; Ford, Arundel: Autor.
“…lembremos que em 1984 a profissão de arquitecto estava em Portugal no auge de uma situação de crise de emprego e de falta de trabalho, simultânea com o explosivo aumento do número de profissionais formados nas escolas de arquitectura (…). A descoberta estatística de que em Portugal só dois por cento dos projectos eram então subscritos por arquitectos e o facto de a legislação permitir que outros, que não os arquitectos, subscrevessem os projectos de edifícios, foi o primeiro pilar escolhido pelos arquitectos para o seu programa, a ‘plataforma social’, aprovada no Congresso de 84. O segundo pilar dessa plataforma foi o da legitimação moral: declarada a arquitectura de interesse público, exigiu-se o estatuto da sua representatividade perante o Estado.”
Brandão, P. (2006). O arquitecto e outras imperfeições. Ética, identidade e prospectiva da profissão (p. 39). Lisboa: Livros Horizonte.
“A proporção de arquitectos ‘sem emprego’ duplicou [entre 2008 e 2012] e os que trabalham a tempo parcial aumentaram na mesma medida. […] O número de arquitectos continua a aumentar na Europa. Estima-se que haja cerca de 549 mil, mais 13 por cento do que em 2008.” (em 33 países da Europa) “Os grandes escritórios de arquitectura reduziram fortemente o seu pessoal. São, contudo, os grandes escritórios os únicos a ter visto aumentar os lucros desde 2010. A redução de pessoal contribuiu para aumentar a taxa de desemprego de três em 2008 para seis por cento” em 2012.”
Conseil des Architectes d’ Europe; Mirza & Nacey Research (2012). La profession d’ architecte en Europe 2012. Une étude du secteur commandité par le Conseil des Architectes d’ Europe (versão em língua francesa) (p. 2). Bruxelas; Ford, Arundel: Autor.
“Como justificar que num país com um índice tão elevado de reconhecimento da actividade arquitectónica e do seu sector restrito [o autor considera dois subcampos de produção arquitectónica, “o de uma produção restrita de raiz autoral e o de um campo de actuação alargado de conotações claramente comerciais”] – onde o mercado real da arquitectura deveria tender a crescer e a diversificar-se – se assistia a uma desertificação aparente do campo, com números crescentes de recém-licenciados a procurar as suas saídas profissionais elsewhere?”
Gadanho, P. (2010). Arquitectura em público (p. 243). Porto: Dafne Editora.